Hoje o Facebook me deixou com "umas pulgas atrás da orelha"...
Abri aquele aplicativo de responder perguntas sobre seus amigos e a terceira que me aparece é: "Fulaninho (sim, fulaninho) estará sempre lá para você?" Veja, meus caros, que perguntinha cretina... Parei, pensei... o de cujos é uma pessoa pela qual nutro grande carinho e mesmo crendo que a recíproca é verdadeira, acho que a resposta primeira é "não". De qualquer maneira não escrevi nada, pois um texto seria ridículo e eu não saberia dar uma resposta honesta sem a justificativa que apresento a seguir. Dessa forma, resolvi explicar-me a mim mesma (sim, explicar-me a mim mesma) por que pensei em "não" quando a maioria em situação semelhante não hesitaria em pôr um "sim".
Caríssimos leitores, a resposta para esta perguntinha cretina é primeiramente ''não'' pelos seguintes motivos: fulaninho não é minha mãe e não é meu pai. Sim, eu tenho irmão e irmãs e nem eles eu acredito que estarão "sempre lá".
Segundo que fulaninho nenhum, por mais afeto e carinho que tenha-se um pelo outro, espera, assim, por esperar, à toa... "como uma senhora sentada na praça dando milho aos pombos à espera de que algo aconteça em sua vida" (Fernando Pessoa, eu acho...). As pessoas buscam RETORNO. Não, pessoas, não digo que os outros esperam que vc pague por um favor ou dê algo tangível em troca... digo que as pessoas buscam uma REAÇÃO das outras... Se se dá carinho, espera-se que receba o mesmo de volta, se se dá atenção, igualmente. Quer um teste? Fique 2 meses sem atender nenhuma ligação do seu melhor amigo, ignore-o completamente: não saia com ele, não fale com ele, não demonstre nada... garanto que ele sumirá (eu sei, já fiz este teste estúpido... assunto pra outra madrugada).
De qualquer forma, o que eu quero dizer com esse texto, que ficaria ridículo no Facebook, é que Fulaninho, em primeiro plano, não vai ''estar sempre lá'' para mim.
Entretanto, olhando por outro lado, se eu e Fulaninho tivermos reações positivas entre nós, o que nos impede de ''estarmos sempre lá'' um para o outro? A questão que me incomoda é a palavra ''sempre'' e acredito que ela aqui esteja relacionada àquela dura expressão de Vinicius de Moraes: ''que seja infinito enquanto dure''... Enquanto eu e fulaninho formos amigos, carinhosos um com o outro, certamente ''estaremos lá'' pro que der e vier...
Só que, é claro, por que não?, eu e fulaninhos podemos nos tornar muito especiais um para o outro (se é que já não o somos) e aí sim, quem sabe, estarmos ''sempre lá''... mas enquanto a certeza não bate, não me arrisco a descobrir...
Conclusão: ninguém espera sentado para sempre. Mas se ''estiver lá'' significa companheirismo, eu vos lhes digo que isso só vem com muito afeto, confiança e principalmente: tudo isso em RECIPROCIDADE, que só acontece depois de muito tempo de CONHECIMENTO.
:)
3 comentários:
Cometário do autor:
Se eu quero que dure! Mas é claro!
É meu maior desejo...
:)
Parabens pelo texto.
Excelente, Moema!!!! Adoreiiii!!! Aline
Postar um comentário